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terça-feira, 24 de maio de 2016

Olhe para si. Tudo mudará!




Este foi meu caminhar em 2016:
:
Olhe para trás e nada mudará. 
Olhe para frente e nada mudará. 
Olhe para si. Tudo mudará.

                                    Ditado Zen

Mas voltando... no final de 1995, assim que começaram os sintomas, dei uma perambulada pelo médicos, como a maioria de nós, pacientes de Esclerose Múltipla.

De cara procurei o cardiologista, pois o braço esquerdo estava adormecido e ao saber que estava tudo bem comigo cardiologicamente, procurei um ortopedista que depois de mil exames e remédios para a coluna, me encaminhou a um neurologista, quando o lado direito começou a formigar também. Este neurologista, já de cara suspeitou da Esclerose Múltipla e solicitou um ressonância do meu cérebro. A Minha Primeira Ressonância Magnética.

Eu segui o primeiro semestre de 96 com 2 neurologistas em paralelo. Este que me diagnosticou, cuidava da medicação e o Dr. Paulo, que me acompanha há 20 anos, cuidava do meu emocional e espiritual.

Como o tratamento do Dr. Paulo era uma imensa novidade, tanto para mim como para minha família, nós ficamos com receio em trocar de neurologista, pois quando vamos ao médico pensamos logo em remédios e etc. O Dr. Paulo logo nos aconselhou que o outro neurologista continuasse com o tratamento medicamentoso e ele cuidaria das minhas emoções e de mim como um todo. Ficamos tranquilos em seguir dessa forma.

Eu fiz mais duas pulso terapias, num total de três, sendo que só a primeira eu fui internada, em dezembro de 95, leia no post Natal no hospital.... Ninguém merece!!!

Como eu estava bem melhor depois da primeira pulso terapia, contratamos uma enfermeira que vinha em casa 5 dias seguidos, aplicava a medicação e ficava me monitorando, principalmente minha pressão arterial, porque as doses cavalares de 1 grama de corticoide na veia, levavam minha pressão às alturas.

Somente o Dr. Paulo sabia da existência do outro neurologista. Eu até queria contar, mas no retorno da segunda pulso terapia, perguntei ao neurologista que eu chamo de insensível, o que ele achava de eu procurar alguém para me ajudar emocionalmente e a resposta dele foi fria demais:

-  Pra que? Isso não tem cura, vai se acostumando! Percebi que de nada valeria ele saber sobre o Dr. Paulo.


Agora sim, posso voltar ao tema do título deste post: Olhe para si. Tudo mudará!

Foi o que começou a acontecer comigo em 1996. Tudo mudou pra melhor.

Quando olhamos para dentro e nos permitimos entender nossos sentimentos, um novo mundo, repleto de significados envolvem nosso dia a dia. Eu tive que olhar o passado para entender esse presente tão conturbado que se instalara dentro de mim.

Fizemos algumas sessões de hipnose, onde eu pude, de uma forma muito segura, entender a causa da doença e o porquê das minhas múltiplas indagações e múltiplos sintomas. Sim, quando olhamos para dentro queremos saber e entender-nos cada vez mais e mais. É uma viagem eternamente maravilhosa.

Apaixonante!!!!!!

Tive muitos momentos tristes, me deparei com sentimentos e atitudes de um passado difíceis de ver e entender, principalmente porque não eram só meus sentimentos ou minhas atitudes que eu precisa ver e entender! E foi aqui que comecei a olhar e entender o outro também. O Dr. Paulo, ao fim de cada sessão, conversava muito comigo sobre estes sentimentos e descobertas que estavam literalmente a flor da pele. Saia da consulta leve e feliz como um passarinho.

Neste vídeo, achei a perfeita interpretação desses momentos que todos nós vivemos:


Antes e no final de cada pulso terapia, eu passava em consulta com o neurologista insensível e ele pouco falava, mas sempre dizia:

- Nossa! Você está melhorando rápido!

Com seis meses do diagnóstico voltei nele. Ele me examinou neurologicamente e eu sínica perguntei:

- O que o Dr. achou?

E ele respondeu:

- Eu imaginava que você levaria mais tempo pra ficar bem assim, nem parece que teve um surto tão grave!

Eu disse:

- Nem parece, então tá: Segredo de Estado, não se fala mais nisso!

Nessa época eu não aceitava a doença e tinha vergonha por te-la. Hoje, aprendi a lidar melhor com ela e a conviver da melhor maneira possível, mas aceitar algo que é ruim pra mim, não aceito! Só aceito, de coração, aquilo que é bom pra mim. Esta é uma opinião muito pessoal, embasada em minhas crenças e valores.

Nunca mais o vi neurologista insensível.


E continuei com minhas mil descobertas com Dr. Paulo e fazendo fisioterapia com a Bete que também me trazia maravilhas com sua leitura psicossomática dos sintomas. A  Bete, quando soube que eu optei em seguir só com o Paulo me abraçou e depois de alguns anos me revelou que naquele momento ela teve a certeza que eu ia ficar boa!



Deixo aqui um texto que amo, do livro: As sete leis espirituais do sucesso de Depak Chopra.

“Paremos por algum tempo para nos encontrarmos uns com os outros, para nos amarmos, para partilharmos. Este momento é precioso, mas passageiro. Constitui um pequeno parêntese na eternidade. Se o partilharmos com carinho, alegria e amor, criaremos abundância e felicidade uns para os outros. E assim este momento terá valido a pena. Como os viajantes que realizam uma viagem cósmica as partículas etéreas, girando e dançando nos turbilhões e remoinhos do infinito. A vida é eterna. Mas as expressões da vida são efémeras, momentâneas, transitórias. Gautama Buda, fundador do budismo, disse um dia: A nossa existência é tão passageira como as nuvens de Outono. Assistir ao nascimento e morte dos seres é como observar os movimentos de uma dança. Uma vida é como o relâmpago no céu, Corre como a água que jorra da íngreme montanha”.


Clique no livro para fazer o download


Este foi meu livro de cabeceira, por muitos anos.


Super beijo no coração


#esclerosemultipla