Este foi meu caminhar em
2016:
:
Olhe para trás e nada
mudará.
Olhe para frente e
nada mudará.
Olhe para si. Tudo mudará.
Ditado Zen
Mas voltando... no final de 1995, assim que começaram os sintomas, dei
uma perambulada pelo médicos, como a maioria de nós, pacientes de Esclerose
Múltipla.
De cara procurei o cardiologista,
pois o braço esquerdo estava adormecido e ao saber que estava tudo bem comigo cardiologicamente, procurei um ortopedista que depois de mil exames e remédios para a coluna,
me encaminhou a um neurologista, quando o lado direito começou a formigar também.
Este neurologista, já de cara suspeitou da Esclerose Múltipla e solicitou um ressonância
do meu cérebro. A Minha Primeira Ressonância Magnética.
Eu segui o primeiro
semestre de 96 com 2 neurologistas em paralelo. Este que me diagnosticou, cuidava
da medicação e o Dr. Paulo, que me acompanha há 20 anos, cuidava do meu emocional
e espiritual.
Como o tratamento do Dr.
Paulo era uma imensa novidade, tanto para mim como para minha família, nós
ficamos com receio em trocar de neurologista, pois quando vamos ao médico
pensamos logo em remédios e etc. O Dr. Paulo logo nos aconselhou que o outro neurologista
continuasse com o tratamento medicamentoso e ele cuidaria das minhas emoções e
de mim como um todo. Ficamos tranquilos em seguir dessa forma.
Eu fiz mais duas pulso
terapias, num total de três, sendo que só a primeira eu fui internada, em
dezembro de 95, leia no post Natal no hospital.... Ninguém merece!!!
Como eu estava bem melhor depois
da primeira pulso terapia, contratamos uma enfermeira que vinha em casa 5 dias
seguidos, aplicava a medicação e ficava me monitorando, principalmente minha pressão
arterial, porque as doses cavalares de 1 grama de corticoide na veia, levavam
minha pressão às alturas.
Somente o Dr. Paulo sabia
da existência do outro neurologista. Eu até queria contar, mas no retorno da
segunda pulso terapia, perguntei ao neurologista que eu chamo de insensível, o
que ele achava de eu procurar alguém para me ajudar emocionalmente e a resposta
dele foi fria demais:
- Pra que? Isso não tem cura, vai se
acostumando! Percebi que de nada valeria ele saber sobre o Dr. Paulo.
Agora sim, posso voltar ao
tema do título deste post: Olhe para si. Tudo mudará!
Foi o que começou a
acontecer comigo em 1996. Tudo mudou pra melhor.
Quando olhamos para dentro
e nos permitimos entender nossos sentimentos, um novo mundo, repleto de
significados envolvem nosso dia a dia. Eu tive que olhar o passado para
entender esse presente tão conturbado que se instalara dentro de mim.
Fizemos algumas sessões de
hipnose, onde eu pude, de uma forma muito segura, entender a causa da doença e
o porquê das minhas múltiplas indagações e múltiplos sintomas. Sim, quando
olhamos para dentro queremos saber e entender-nos cada vez mais e mais. É uma viagem
eternamente maravilhosa.
Apaixonante!!!!!!
Tive muitos momentos
tristes, me deparei com sentimentos e atitudes de um passado difíceis de ver e
entender, principalmente porque não eram só meus sentimentos ou minhas atitudes
que eu precisa ver e entender! E foi aqui que comecei a olhar e entender o
outro também. O Dr. Paulo, ao fim de cada sessão, conversava muito comigo
sobre estes sentimentos e descobertas que estavam literalmente a flor da pele.
Saia da consulta leve e feliz como um passarinho.
Neste vídeo, achei a perfeita
interpretação desses momentos que todos nós vivemos:
Antes e no final de cada
pulso terapia, eu passava em consulta com o neurologista insensível e ele pouco
falava, mas sempre dizia:
- Nossa! Você está melhorando
rápido!
Com seis meses do
diagnóstico voltei nele. Ele me examinou neurologicamente e eu sínica perguntei:
- O que o Dr. achou?
E ele respondeu:
- Eu imaginava que você
levaria mais tempo pra ficar bem assim, nem parece que teve um surto tão
grave!
Eu disse:
- Nem parece, então tá:
Segredo de Estado, não se fala mais nisso!
Nessa época eu não
aceitava a doença e tinha vergonha por te-la. Hoje, aprendi a lidar melhor com ela e a conviver da melhor maneira possível, mas aceitar algo que é
ruim pra mim, não aceito! Só aceito, de coração, aquilo que é bom pra mim. Esta
é uma opinião muito pessoal, embasada em minhas crenças e valores.
Nunca mais o vi neurologista
insensível.
E continuei com minhas mil
descobertas com Dr. Paulo e fazendo fisioterapia com a Bete que também me trazia maravilhas com sua leitura psicossomática dos sintomas. A Bete, quando soube
que eu optei em seguir só com o Paulo me abraçou e depois de alguns anos me
revelou que naquele momento ela teve a certeza que eu ia ficar boa!
Deixo aqui um texto que
amo, do livro: As sete leis espirituais do sucesso de Depak Chopra.
“Paremos
por algum tempo para nos encontrarmos uns com os outros, para nos amarmos, para
partilharmos. Este momento é precioso, mas passageiro. Constitui um pequeno
parêntese na eternidade. Se o partilharmos com carinho, alegria e amor,
criaremos abundância e felicidade uns para os outros. E assim este momento terá
valido a pena. Como os viajantes que realizam uma viagem cósmica as partículas
etéreas, girando e dançando nos turbilhões e remoinhos do infinito. A vida é
eterna. Mas as expressões da vida são efémeras, momentâneas, transitórias.
Gautama Buda, fundador do budismo, disse um dia: A nossa existência é tão
passageira como as nuvens de Outono. Assistir ao nascimento e morte dos seres é
como observar os movimentos de uma dança. Uma vida é como o relâmpago no céu,
Corre como a água que jorra da íngreme montanha”.
Clique no livro para fazer o download
Este foi meu livro de
cabeceira, por muitos anos.